segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quando estamos sem rumo

Há momentos na vida em que as coisas parecem sem sentido. Muitas vezes nos sentimos perdidos, sem saber que rumo tomar. Uma desilusão amorosa, a perda do emprego, os filhos que casam deixando o lar vazio, a famosa síndrome do ninho vazio, tão comum nos casais acima dos sessenta anos.

Independente da idade ou da fase da vida, todos passamos por estes momentos de perda de rumo ou do sentido da vida. Em vez de deixar o desânimo ou o desespero tomarem conta de nós, é hora de refletir um pouco sobre o que podemos fazer deste ponto em diante tentando olhar o que já fizemos de positivo até então. É preciso deixar de lado aqueles sentimentos cruéis de cobrança interna exagerada ou mesmo aquela vontade irresistível de querer achar os responsáveis pelo nosso infortúnio. No lugar de nos apegarmos a estas armadilhas, que como redemoinhos nos puxam para baixo e não nos deixam enxergar um novo horizonte, é hora de olhar a metade do copo cheio.

O que já construímos? O que podemos aprender com uma situação de contrariedade, com as adversidades da vida? Muitas das adversidades nos ensinam a rever nossos padrões de comportamento e nossa forma de enxergar as pessoas e as situações da vida. Quando conseguimos fazer isso nos fortalecemos. Para isso, é preciso certa coragem para reconhecer erros e estar aberto a mudanças.

É comum uma adversidade a princípio parecer uma tragédia, como a perda do emprego ou do relacionamento amoroso. Passada a fase inicial de tristeza, que é perfeitamente normal e que todos sentimos, chega o momento de entrar em contato com nossa força interior, enxugar as lágrimas, sacudir a poeira e dar a volta por cima. O sol continua a brilhar dia após dia e não há mal que sempre dure. Mudanças e contratempos nos fazem ver novos horizontes, mas é preciso levantar a cabeça e olhar. Quando estamos muito ocupados em nos sentir infelizes não há como enxergar nada novo, nenhuma oportunidade à frente.

Temos a falsa ilusão de que para os outros tudo é mais fácil, que para aquele ou aquela pessoa tudo dá certo. Não é verdade. Todos nós sofremos, todos passamos por dificuldades. A forma como enfrentamos é que é faz a diferença. Não nos faltam exemplos do dia-a-dia de pessoas que conseguiram de uma perda ou uma dificuldade uma forma criativa de virar a mesa. No entanto, ninguém dá a volta por cima sem antes passar por inúmeras dúvidas e inseguranças que um recomeço traz. Mudanças podem trazer algum sofrimento e é preciso força de vontade para vencer esta fase inicial. Nada cai do céu, é preciso ir buscar.

Se você hoje se encontra sem rumo certo, pergunte-se no que poderia ser útil, onde você poderia usar suas habilidades ou encontrar um grupo com o qual tenha afinidades. Existem muitas possibilidades de ser feliz quando nos dispomos a enxergar a amplitude de um novo horizonte. Se você se considera sem rumo ou objetivos no momento, consulte seu coração, erga a cabeça e boa sorte, não esquecendo que é mais importante como caminhamos na nossa estrada e não exatamente o ponto alto onde frequentemente queremos chegar.