quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cortesia em crise


No meu post anterior há uma frase de autor desconhecido. Ao ler a frase, a querida Betty teve o trabalho de pesquisar para procurar o autor. Durante a pesquisa ela achou a possível autora no comentário de um texto de Walcyr Carrasco sobre "cortesia" nos dias de hoje.

O texto é muito bom, compartilho com vocês abaixo e agradeço à Betty pelo presente. Obrigada, querida!



Cortesia em crise
Por Walcyr Carrasco
18.06.2008

Mamãe defendia regras sólidas de educação. Em uma visita, se a dona da casa oferecesse café com bolo, não podia comer muito.

– Experimente só um pedacinho! – avisava mamãe.

Eu ficava de olho espichado para o doce enquanto a dona da casa insistia:

– Quer mais?

– Não, obrigado.

– Não gostou?

– Gostei, sim senhora!

Sentia o olhar materno faiscando. Aceitava mais um. Depois ouvia:

– Ela vai achar que você é fominha!

Havia regras excessivas. Mas hoje tenho a impressão de que boa parte das pessoas não aprendeu uma sequer. É comum estar conversando quando toca o celular da outra pessoa. Ela inicia um longo papo. Permaneço com cara de paisagem, enquanto a pessoa fala, fala, fala! Acho uma tremenda falta de gentileza.

Outra questão é a do horário em espetáculos. Muita gente acha normal atrasar. O ator Antônio Fagundes proíbe o ingresso depois das portas fechadas. Há quem fique revoltadíssimo. E quem foi pontual é obrigado a suportar o barulho do relapso entrando e procurando o lugar no escuro?


Há algum tempo dei uma palestra em uma grande universidade. Durante todo o tempo os alunos entravam e saíam, batiam a porta, faziam barulho. E me desconcentraram totalmente. Pensei:

"Que falta de educação! E são universitários!". Na palestra seguinte, impus duas condições: atrasados não entravam, quem saísse não voltava. Virei o "chato". Ótimo. Melhor ser chato do que mandar flores e não receber nem um telefonema de agradecimento, como sempre me acontece. Já cansei de enviar buquês, bombons, panetones e não merecer nem um alô. Sou tonto. Imaginava alguma falha na entrega. Perguntava se a pessoa havia recebido, para ouvir:

– Ah, é, obrigado.

E o inconveniente que vê duas outras conversando? Senta-se na mesa e começa:

– Lembra-se de mim?

Não pergunta se está interrompendo. Desfia a própria biografia sem pausa para respirar. Finalmente, levanta-se:

– Estou indo. Vocês estão bem, não estão? Até mais.

Parte após ter devorado o couvert!

Atores e produtores muitas vezes me encomendam peças teatrais. No início eu me entusiasmava. Agora só me sento ao computador se houver insistência. Muitos nunca mais tocam no assunto, mesmo que eu tenha trabalhado semanas em uma idéia. Já trabalhei como doido até em fim de semana para depois ouvir:

– Ainda não tive tempo de ler!

Em outras áreas, também vi vários casos de pessoas que dão o toque para um trabalho, o outro se entusiasma e às vezes não recebe nem um telefonema de volta. No cotidiano, a falta de educação é a regra: as pessoas furam fila descaradamente, deixam a porta do elevador fechar no meu nariz, não respondem a um "boa tarde" quando me sento no avião a seu lado. As boas maneiras têm sido esquecidas até no que se refere à vida financeira. Já emprestei dinheiro a amigos que não me pagam nem nunca mais fazem referência ao assunto. Fico sem jeito em falar de grana, mas acabo dando um toque tímido. E já ouvi:

– Não paguei porque você não está precisando.

Pode haver maior falta de cortesia? Não honra o compromisso e ainda dá a entender que nem tenho o direito de receber, como se eu fosse um pão-duro ávido por cada centavo? Reajo:

– Pensei que era um empréstimo, não um projeto de justiça social.

O devedor fica mal-humorado e pára de falar comigo. É o cúmulo! Não é preciso ser formal, exagerado. Mas seria bem mais agradável ter de volta um pouco da antiga cortesia, e que as pessoas redescobrissem o valor da gentileza.


Uma boa semana!
Rosana

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Frase



"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."
(Autor desconhecido)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

SOL, uma empresa que aposta na flexibilidade



Será que num futuro próximo as empresas vão ser mais flexíveis e investir um pouco mais no desenvolvimento dos seres humanos em vez de apenas explorá-las visando lucro, lucro e mais lucro?

A empresa finlandesa do ramo de limpeza SOL aposta no começo de uma mudança. Sua equipe de funcionários trabalha num regime de bastante liberdade. Esta é uma empresa em que as pessoas trabalham quando querem, e a flexibilidade está sendo altamente testada. Isso é algo que alguns gurus da administração acreditam ser o futuro.

A proprietária da SOL, Liisa Joronen, uma mulher carismática na faixa dos 50 anos, diz que abandonou o estilo tradicional de gerenciamento e hierarquias em favor da motivação das pessoas. Ela trouxe diversão para o local de trabalho num país conhecido por sua inovação na engenharia, mas também pela timidez e introversão das pessoas. Uma das lideres mais extrovertidas das empresas escandinavas, ela veste-se como um girassol e canta nas reuniões de vendas se isso ajudar a equipe. O nome da empresa, SOL, vem do espanhol e o logo tem um sol sorrindo.

As palavras-chave da SOL são liberdade, confiança, objetivos, responsabilidade, criatividade, alegria em trabalhar e aprendizado de longa duração. A criatividade das pessoas fica restrita com a rotina e com os horários tradicionais de trabalho. Quanto mais competitivo o trabalho se torna, mais precisamos de pessoas flexíveis, criativas e independentes, acredita Liisa.

Para ajudar a equipe a se tornar mais independente, Liisa aboliu o território pessoal, como salas e mesas individuais, e organizou uma área comunitária parecida com um clube. É uma área colorida, com árvores, pássaros e uma mesa de bilhar, sofás, arte moderna e cantos com utensílios de cozinha.

Os funcionários sentam-se em qualquer lugar. Não existem secretárias. O chefe faz o café se todos estão no telefone. O escritório pode estar vazio de dia e lotado à noite e fins de semana. Um funcionário da matriz, ansioso por ter aulas de tango no meio da semana, estava trocando tarefas com um colega. A pessoa que supervisiona a limpeza do metrô de Helsinki estava trabalhando em casa.

Liisa costuma dizer aos seus 3.500 funcionários de 25 filiais para matar a rotina antes que a rotina o mate. Nas reuniões motivacionais ela coloca todos para dançar e declara: quanto melhor você pensa que é, melhor você se torna.

Metade do país vê Liisa como uma chefe revolucionária. A outra metade acha que ela é louca.


Você gostaria de trabalhar numa empresa assim? As empresas que apostam na flexibilidade conseguem sobreviver? Será que esta é uma tendência do futuro?

Fonte: adaptação de uma matéria do Financial Times

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

As Crianças Índigo


Neste final de semana assisti a um vídeo chamado As crianças índigo, uma palestra de Divaldo Pereira Franco dando a visão Espírita sobre o assunto. Eu, por ser espírita, tenho lido há algum tempo sobre "A Nova Geração", uma geração de novos espíritos que viria ao mundo para mudar e quebrar certos paradigmas e atitudes viciadas dos dias de hoje.

Quando soube das pesquisas que vêm sendo feita sobre crianças índigo por cientistas e psicólogos transcedentais, fiquei feliz em saber que estas crianças começaram a chegar ao nosso planeta na década de 70 e 80 e já estão na casa dos milhões, muitas já não mais crianças, mas adolescentes e adultos atuando no mundo de forma diferenciada. O texto que segue abaixo foi encontrado aqui e está totalmente de acordo com o vídeo que assisti de Divaldo.

A explicação que se segue é muito útil para pais, futuros pais e educadores que lidam com essa nova geração de crianças que exigem de nós uma mudança na forma de agir. Uma mudança radical para melhor.

Eu sinceramente acredito, ou talvez precise acreditar. E você, acredita?

Texto traduzido e adaptado por Dailton Menezes - Junho 2001

A partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças espetaculares. Elas estão chegando para ajudar na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e de classes sociais. São como catalisadores para desencadear as reações necessárias para as transformações. Elas possuem uma estrutura cerebral diferente no tocante ao uso de potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental está o foco do seu brilho. Exigem do ambiente em volta delas certas características que não são comuns ou autênticas nas sociedades atuais.

Elas nos ajudarão a destituir dois paradigmas da humanidade:

1. Elas nos ajudarão a diminuir o distanciamento entre o PENSAR e o AGIR. Hoje na nossa sociedade todos sabem o que é certo ou errado. No entanto, nós freqüentemente agimos diferentemente do que pensamos. Dessa maneira, estas crianças vão nos induzir a diminuir este distanciamento gerando assim uma sociedade mais autêntica, transparente, verdadeira, com maior confiança nos inter-relacionamentos.

2. Elas também nos ajudarão a mudar o foco do EU para o PRÓXIMO, inicialmente a partir do restabelecimento da autenticidade e confiança da humanidade, que são pré-requisitos para que possamos respeitar e considerar mais o PRÓXIMO do que a nós mesmos. Como conseqüência, teremos a diminuição do Egoísmo, da Inveja, das Exclusões, resultando em maior solidariedade e partilha.

Você pode estar se perguntando: Como estas crianças vão fazer tal transformação?

Através do questionamento e transformação de todas as entidades rígidas que as circundam. Começando pela família, que hoje baseia-se na imposição de regras, sem tempo de dedicação, sem autenticidade, sem explicações, sem informação, sem escolha e sem negociação. Estas crianças simplesmente não respondem a estas estruturas rígidas porque para elas é imprescindível haver opções, relações verdadeiras e muita negociação. Elas não aceitam serem enganadas porque elas têm uma "intuição" para perceber as verdadeiras intenções e não têm medo. Portanto, intimidá-las não traz resultado, porque elas sempre encontrarão uma maneira de obter a verdade. Elas percebem as verdadeiras intenções e as fraquezas dos adultos.

A segunda entidade vulnerável à ação dos Índigos é a escola, quando o modelo de ensino é imposto sem muita interação, sem escutar e sem a participação dos estudantes. Simplesmente este modelo é incompatível com os Índigos, sendo portanto o pior conflito, muitas vezes superior ao existente com a família, principalmente pela falta de vínculos afetivos ou amor. Como elas possuem um estrutura mental diferente, resolvem problemas conhecidos de uma maneira diferente, além de encontrar formas diferentes de raciocínio que abalam o modelo atual de ensino.

Assim, através do questionamento, elas influenciarão todas as demais entidades, tais como: mercado de trabalho, cidadania, relações interpessoais, relações amorosas e instituições espirituais, pois elas são essencialmente dirigidas pelo hemisfério direito. Infelizmente, a missão dos Índigos é muito difícil, pois sofrerá rejeição de algumas entidades da nossa sociedade. Antes dos anos 80, os Índigos morriam muito cedo porque a freqüência de energia do planeta não era favorável a eles. Depois da nova freqüência e com um montante maior de crianças, eles começaram a causar transformações maravilhosas no nosso planeta e em breve, após uma geração, nós perceberemos claramente as modificações.

O assunto sobre Crianças Índigo é fascinante e relativamente novo no campo da pesquisa. Existem poucas obras sobre o assunto. Apresentaremos aqui um resumo do Livro "The Indigo Children" escrito por Lee Carroll e Jan Tober que teve sua primeira publicação em Maio/1999.

O que é uma Criança Índigo?

Uma Criança Índigo é aquela que apresenta um novo e incomum conjunto de atributos psicológicos e mostra um padrão de comportamento geralmente não documentado ainda. Este padrão tem fatores comuns e únicos que sugerem que aqueles que interagem com elas (pais em particular) mudam seu tratamento e orientação com objetivo de obter o equilíbrio. Ignorar esses novos padrões é potencialmente criar desequilíbrio e frustração na mente desta preciosa nova vida.

Existem vários tipos de Índigos, mas na lista a seguir nós podemos dar alguns dos padrões de comportamento mais comuns:

  • Elas vêm ao mundo com um sentimento de realeza e frequentemente agem desta forma.


  • Têm um sentimento de "desejar estar aqui" e ficam surpresas quando os outros não compartilham isso.


  • Auto-valorização não é uma grande característica. Elas com frequência contam aos pais quem elas são.


  • Têm dificuldades com autoridade absoluta sem explicações e escolha.


  • Elas simplesmente não farão certas coisas; por exemplo, esperarem quietas é difícil para elas.


  • Tornam-se frustradas com sistemas ritualmente orientados e que não necessitam de pensamento criativo.


  • Frequentemente encontram uma melhor maneira de fazer as coisas, tanto em casa como na escola, o que as fazem parecer como questionadores de sistema (inconformistas com qualquer sistema).

  • Elas parecem anti-sociais a menos que estejam com outras do mesmo tipo. Se não existem outras crianças com o nível de consciência semelhante em volta, elas freqüentemente se tornam introvertidas, sentindo-se como se ninguém as entendesse. A escola é freqüentemente difícil para elas do ponto de vista social.


  • Elas não responderão à pressão por culpa do tipo: "Espere até seu pai chegar e descobrir o que você fez".


  • Elas não são tímidas em fazer você perceber o que elas precisam.

O termo "Crianças Índigo" vem da cor da aura dessas crianças. Nós estamos vendo uma nova geração de Mestres vindo para nosso planeta e elas são também chamadas de "Crianças Estrela" ou "Crianças Azuis".

Tipos de Crianças Índigo

Existem quatro tipos diferentes de Índigos e cada um tem uma proposta:

1. Humanista: o Índigo Humanista vai trabalhar com as massas. Eles serão os futuros doutores, advogados, professores, vendedores, executivos e políticos. Vão servir as massas e são hiperativos. São extremamente sociais. Conversam com todo mundo e fazem amizade facilmente. São desastrados do ponto de vista motor e hiperativo, como dito anteriormente, e de vez em quando, eles vão dar com a cara nos muros, pois esquecem de pisar no freio. Eles não sabem brincar com apenas um brinquedo. Ao invés disso, trazem todos para fora e os espalham. Às vezes, não tocam na maioria destes.



São do tipo que têm que ser permanentemente lembrados pois freqüentemente se esquecem das ordens simples e se distraem. Por exemplo, você pede para eles arrumarem o quarto. Eles começam a arrumar e de repente encontram um livro e começam a ler porque são leitores ferozes.


2. Conceitual: Os Índigos Conceituais estão mais para projetos do que para pessoas. Serão os futuros engenheiros, arquitetos, projetistas, astronautas, pilotos e oficiais militares. Eles não são desajeitados, ao contrário, são bem atléticos como crianças. Eles têm um ar de controle e a pessoa que eles tentam controlar na maioria das vezes é a mãe se são meninos. As meninas tentam controlar os pais. Se eles são impedidos de fazer isso, existe um grande problema. Este tipo de Índigo tem tendência para outras inclinações, especialmente as drogas na puberdade. Os pais precisam observar bem o padrão de comportamento dessas crianças quando elas começarem a esconder ou a dizer coisas tais como, "Não chegue perto do meu quarto": é exatamente quando os pais precisam se aproximar mais.

3. Artista: Este tipo de Índigo é muito mais sensível e freqüentemente menor em tamanho, embora isso não seja uma regra geral. Eles são mais fortemente ligados às artes. Eles são criativos e serão os futuros professores e artistas. Em qualquer campo que eles se dediquem será sempre pelo lado criativo. Se eles entrarem na medicina, eles se tornarão cirurgiões ou pesquisadores. Quando entrarem nas artes, eles serão o ator dos atores. Entre 4 a 10 anos eles podem pegar até 15 diferentes artes criativas - fazer uma por cinco minutos e encostar. Portanto, se diz às mães de artistas e músicos, "Não compre instrumentos, mas alugue". O Índigo Artista pode trabalhar com até 5 instrumentos diferentes e então, quando entrarem na puberdade, escolherão um campo e se empenharão para se tornarem artistas nessa especialização.


4. Interdimensional: O Índigo Interdimensional é muito maior do que os demais Índigos, do ponto de vista de estatura. Entre 1 e 2 anos de idade você não pode dizer nada para eles. Eles dizem: "Eu já sei. Eu posso fazer isso. Deixe-me sozinho". Eles serão os que trarão novas filosofias e espiritualidade para o mundo. Podem ser mais valentões porque são muito maiores e também porque não se encaixam no padrão dos outros três tipos.


Dicas para reconhecer os Índigos

Os autores listam as seguintes características para ajudar a identificar se sua criança é um Índigo:

• Tem alta sensibilidade

• Tem excessivo montante de energia

• Distrai-se facilmente ou tem baixo poder de concentração

• Requer emocionalmente estabilidade e segurança de adultos em volta dela

• Resiste à autoridade se não for democraticamente orientada

• Possui maneiras preferenciais no aprendizado, particularmente na leitura e matemática

• Podem se tornar frustrados facilmente porque têm grandes idéias, mas uma falta de recursos ou pessoas para o assistirem pode comprometer o objetivo final

• Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou serem simplesmente ouvintes.

• Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma coisa do seu interesse

• São muito compassivas; têm muitos medos tais como a morte e a perda dos amados

• Se elas experimentarem muito cedo decepção ou falha, podem desistir e desenvolver um bloqueio permanente.



Links sobr o assunto:


http://www.kyron.com/


http://www.indigochild.com/


http://www.flordavida.com.br/

Livros em português:

Crianças índigo - Lee Carroll, Jan Tober (Ed. Butterfly)

Crianças índigo - a evoluçao do ser humano - Ingrid Canete (Ed. Novo Século)

Crianças índigo - Tereza Guerra (Ed. Madras)

Educando crianças índigo - Egidio Vecchio (Ed. Butterfly)