sábado, 25 de outubro de 2008

Alguns benefícios da meditação


Algumas pessoas acreditam que meditar é não pensar, e dizem "Meditar é impossível, não consigo ficar sem pensar em nada."

Meditar não é pensar em nada, meditar é não se apegar aos pensamentos, deixando-os vir e ir embora. Meditar é acalmar a mente, não se deixando fixar em nenhum pensamento. Para conseguir isso existem várias técnicas de meditação, de origens e escolas diferentes.

Uma das possibilidades da meditação é meditar treinando focar a atenção, por exemplo, através da contagem de respirações. Pode-se fazer algumas séries de 21 respirações cada. No início é comum a mente não treinada fugir e voar para longe, nos fazendo perder a conta. Quando isso acontece, é só começar novamente, voltando a nos concentrar na contagem e nas respirações.

Existem também as meditações com mantras e com as visualizações. Todas elas são formas de concentrar a mente em algo de bom ou algo neutro, deixando de lado pensamentos fixos e negativos que só nos desgastam e prejudicam.

Estar onde estou! Como conseguir isso?

O foco da atenção é desviado porque o campo de interesses e distrações é muito vasto.

A mente reativa dá respostas já aprendidas, armazenadas na memória. A mente reativa opera na dimensão do mundo.

A mente criativa permite um espaço de auto conhecimento. Isso exige presença, atenção. A mente criativa abre espaço à espiritualidade, ao sagrado.


Alguns benefícios da meditação:

  • Harmonização consigo e com os outros

  • Coração apaziguado
  • Percepção de como a mente funciona

  • Mudança do ambiente mental para melhor
  • A Meditação desenvolve a capacidade de viver o momento presente.

  • Dá condição para que o estado de presença seja de qualidade - “estar onde estou”.

Agora que você já conhece alguns dos benefícios da meditação, basta escolher um horário do dia em que você possa ficar em paz com você mesmo por alguns minutos. Para começar, quinze minutos são suficientes. Acordar quinze minutos mais cedo e meditar antes de começar o dia é excelente.

Na semana que vem, um exemplo de Meditação do Amor Universal: Metta Bhavana.

Fonte de pesquisa: Associação Palas Athena


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Borboletas


Borboletas
(Mário Quintana)

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre, e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O prazer e a angústia do tradutor


Sempre admirei o trabalho de um escritor. Os de não ficção pela pesquisa incansável que fazem sobre um assunto para escrever um livro, na maioria das vezes durante anos a fio. Os de ficção pela genialidade em construir o enredo, fazer nascer cada personagem, suas particularidades e minúcias, tecendo a trama de forma a prender a atenção do leitor. Para mim isso é trabalho de gênio.

Como tradutora tenho uma admiração pelos escritores e um respeito profundo pelo trabalho deles. Traduzir um livro é algo que me dá muito prazer, mas às vezes exige paciência e pesquisa na busca do melhor termo, da melhor palavra que traduza o intraduzível. Ser o mais fiel possível ao texto, se é que isso é inteiramente possível, procurar ao máximo transmitir as idéias de um autor de uma língua para outra sem interferir no seu tom, na sua forma de se comunicar com o leitor. É imprescindível ser imparcial e respeitar o autor em cada palavra escolhida. Que autor gostaria de ver sua idéia modificada por um tradutor?

Paulo Rónai, escritor e tradutor do francês, conta que antigamente na França havia tradutores que simplesmente pulavam trechos do original quando não o entendiam, deixando o texto cheio de buracos, às vezes, incompreensíveis para o leitor. No Brasil, hoje em dia, percebe-se o empenho de algumas editoras em apresentar cada vez melhores traduções. Paulo Bezerra, que está traduzindo a obra de Dostoiévski, Os irmãos Karamazov, diretamente do russo, fala da empatia que o tradutor deve ter com o autor que está traduzindo. No seu caso, ter empatia com Dostoiévski nem sempre é a coisa mais agradável do mundo, é preciso mergulhar no mundo particular do autor e compreendê-lo, tarefa muitas vezes árdua e que exige muita pesquisa e empenho.


Para o tradutor, ver o trabalho publicado é um misto de alegria e angústia, porque todo tradutor sabe, no fundo, que a tradução perfeita não existe.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Parabéns professor!


"O professor, se realmente sábio, não o chama a participar de sua sabedoria, mas o conduz à porta de entrada da sua própria mente." (Khalil Gibran)

Nossa sincera homenagem aos professores que, com sabedoria e paciência, sabem direcionar seus alunos a fazerem suas próprias descobertas, plantando sementes para um futuro melhor.

Parabéns professoras e professores; nosso agradecimento à sua dedicação pela missão de ensinar e dar o exemplo através das próprias atitudes.

Feliz Dia do Professor!

domingo, 12 de outubro de 2008

Uma explicação sobre o caos



Robert Happé é um filósofo holandês que já viveu em vários países e conheceu muitas culturas. Ele também é um estudioso da espiritualidade humana.

Nesta entrevista, ele fala com muita clareza e lucidez sobre problemas atuais da humanidade e como chegamos a eles. Separei alguns trechos que achei esclarecedores, mas vale a pena assistir á entrevista até o fim. Nada como um filósofos para nos ajudar a perceber como vivemos e a refletir sobre nosso papel na sociedade.

"A vida é uma jornada para descobrir quem você é."

"Quando você chega naquela encruzilhada de descobrir quem você é, você chega à paz."

"Nós temos tentado por milhares e milhares de anos criar um mundo que seja próspero, onde reconheceremos uns aos outros como divinos e iguais, que compartilham e cooperam, mas nunca fomos capazes de fazer isso."

"Todas as pessoas são iguais. Todas elas querem amar e todas elas querem ser amadas. Apesar de todos querermos ser amados, de alguma forma é difícil para as pessoas amarem umas às outras e serem honestas umas com as outras, e trocar coisas de uma forma honesta."

"As pessoas organizaram nosso sistema de tal maneira que todos querem ter lucro. É um tipo de doença."

"A situação ficou triste. O amor foi totalmente esquecido. E isso é por causa do nosso sistema, que passou do dogma religioso ao dogma econômico."


"Nosso mundo é o mundo da dualidade: tudo o que costumava ser um é separado em positivo e negativo, masculino e feminino. E esses dois precisam se unir. Nunca aprendemos em nossas religiões que o masculino e o feminino precisam se unir para ficarem conscientes."


Uma boa semana, com mais amor e mais consciência do que somos.












sábado, 4 de outubro de 2008

Pensando o perdão


texto de © Letícia Thompson


Quem pensa que o perdão não é algo que se aprende, está enganado. O perdão não é como o amor, que vem de uma hora pra outra e se instala. O perdão não é simplesmente uma decisão que se toma. Não.

Carregar em si o dom do perdão é aprender a deixar de lado ressentimentos. Taí duas coisas que nunca caminharão juntas: perdão e ressentimento são inimigos mortais e onde um morar o outro não poderá habitar.

Primeiro, devemos ter consciência que de perdão todos nós precisamos. A falta de humildade e orgulho demasiados nos impedem de ver que somos necessitados de perdão. É normal e perfeitamente humano ser "imperfeito". E seres imperfeitos magoam, ferem, agem e dizem coisas que atingem outros. Saber reconhecer-se assim tão humano e ter a coragem de assumir é um grande passo na direção do caminho que o grande Mestre deseja pra nós. Chegar para a pessoa de quem precisamos de perdão e transformar esse reconhecimento em palavras é uma atitude bonita. Nem sempre é fácil, pois precisamos deixar de lado nossa capa orgulhosa e dizer: "eu errei, você me perdoa?"

E vamos agora ao outro lado da moeda: é do nosso perdão que alguém carece. Nos magoaram profundamente e somos nós que precisamos perdoar. E muitas vezes queremos sinceramente fazer isso. Mas aí bate à nossa porta o tal do ressentimento que fica martelando na nossa cabeça e alma todo o mal que nos fizeram. E enquanto esse estiver presente não adianta, por mais que amemos o outro, o amigo, irmão, companheiro, pais, não conseguiremos perdoar.

Há pessoas que conscientemente dizem "eu não perdôo" e vivem a vida inteira sendo ruídos por essa doença que mais faz mal a elas mesmas. É enganoso pensar que não perdoando estaremos ferindo o outro e fazendo com que pague o mal, pois nos ferimos a nós mesmos, impedindo que a ferida se cicatrize.

A única maneira de se liberar completamente e ter uma vida de paz é construir em si mesmo um poço de esquecimentos, onde jogaremos todas as nossas mágoas. É um trabalho longo e delicado e que exige de nós paciência, coragem, fé e, principalmente, amor, muito amor. Só mesmo um amor incondicional pelo próximo poderá extinguir do dicionário da nossa vida a palavra ressentimento.

Quando Jesus estava para ser morto, olhou para o céu e disse: "Pai, perdoa-lhes". Ele conhecia a necessidade e incapacidade humana de reconhecer os próprios erros. Ele intercedeu a favor dos que o matavam e tenho a íntima convicção que intercede por nós a cada instante. Mas é tempo de acordar e crescer. É tempo de evoluir. As pessoas que se recusam a aprender ficam sempre pequenininhas.

Se você acha que é incapaz de perdoar, olhe para o céu. Nossa alma estaria perdida se Deus fosse incapaz de perdoar.

Receber perdão é ser agraciado; dar perdão é dar a graça.

Só as grandes almas são capazes de grandes e nobres atitudes.

* * *
Este texto é para aqueles que porventura magoei algum dia sem querer. Que eles possam um dia me perdoar. O perdão é um dos exercícos mais difíceis para a alma humana. Me incluo naqueles que estão tentando aprender a arte de perdoar e de pedir perdão.